13.05.2010, 11:51
LEANDRO E HERO
O facho do Helesponto apaga o dia,
Sem que aos olhos de Hero o sono traga,
Que dentro de sua alma não se apaga
O fogo com que o facho se acendia.
Aflita o seu Leandro ao mar pedia,
Que abrandado por ela, a prece afaga,
E traz-lhe o morto amante numa vaga,
(Talvez vaga de amor, inda que fria).
Ao vê-lo pasma, e clama num transporte —
"Leandro!... és morto?!... Que destino infando
"Te conduz aos meus braços desta sorte?!!
"Morreste!... mas... (e às ondas se arrojando
Assim termina já sorvendo a morte)
"Hei de, mártir de amor, morrer te amando."
O facho do Helesponto apaga o dia,
Sem que aos olhos de Hero o sono traga,
Que dentro de sua alma não se apaga
O fogo com que o facho se acendia.
Aflita o seu Leandro ao mar pedia,
Que abrandado por ela, a prece afaga,
E traz-lhe o morto amante numa vaga,
(Talvez vaga de amor, inda que fria).
Ao vê-lo pasma, e clama num transporte —
"Leandro!... és morto?!... Que destino infando
"Te conduz aos meus braços desta sorte?!!
"Morreste!... mas... (e às ondas se arrojando
Assim termina já sorvendo a morte)
"Hei de, mártir de amor, morrer te amando."